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Sesma e Amae realizam ação em comunidade ribeirinha

Comunidade de Nossa Senhora dos Navegantes, às margens do rio Aurá, recebe atendimento médico e orientação quanto ao reaproveitamento da água da chuva
Comunidade de Nossa Senhora dos Navegantes, às margens do rio Aurá, recebe atendimento médico e orientação quanto ao reaproveitamento da água da chuva

Promover atenção imediata à comunidade ribeirinha de Nossa Senhora dos Navegantes, que vive às margens do rio Aurá, na região das ilhas de Belém, é uma das principais ações da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) e Agência Reguladora Municipal de Água e Esgoto de Belém (Amae). Na manhã de hoje, as famílias da comunidade receberam na escola Nossa Senhora dos Navegantes atendimento médico garantido consultas, aferição de pressão arterial, dispensação de medicamentos, testagem rápida de HIV/Sífilis, emissão de cartão SUS e vacinas tríplice viral, febre amarela, meningo C, HPV, hepatite A e B e penta, com uma equipe de médicos, enfermeiras, técnicas, nutricionista, farmacêutico, psicóloga e assistente social.

A dona de casa Rosivana dos Santos Cardoso, 21, que cresceu na comunidade, garante que a ação do dia serviu para ela tirar dúvidas com o médico sobre saúde, além de vacinar o filho de um ano. “Verifiquei minha pressão, consultei com o médico e peguei remédios, além de vacinar meu filho com três tipos de vacinas”, pontuou a dona de casa.

Para a diretora do Núcleo de Promoção à Saúde, pertencente à Sesma, Marilda Brito, essa primeira ação serviu para fazer um levantamento do perfil epidemiológico da população. “A gestão está comprometida em realizar ações intensas na comunidade. Essa foi a primeira ação, o ideal é que seja sempre, e nós vamos fazer o possível para estarmos aqui prestando o serviço para todas as famílias. Na próxima vamos trazer médicos especialistas para que cada um seja atendido dentro da sua necessidade”, frisou a diretora.

Sesma e Amae 3A dona de casa Nazaré Santana, 46, também aproveitou a manhã para colocar a saúde em dia. “Acredito que essa é a melhor maneira da gente poder ter um atendimento digno. Moramos aqui e tudo se torna mais difícil, mas com essas ações de saúde e educativas dá para ficarmos mais tranquilos”, afirmou.

O titular da Sesma, Sergio de Amorim Figueiredo, garante que as ações serão intensificadas e a comunidade terá assistência a saúde com qualidade. “O acesso para eles irem até as unidades de saúde na cidade é muito difícil, mas a equipe da secretaria de Saúde se compromete em levar à comunidade assistência médica, medicamentos, especialistas, vacinas e orientações para todas os ribeirinho do aurá”, frisou o secretário.

Água

Sesma e Amae 2A Amae também levou uma equipe juntamente com o Grupo de Pesquisas Aproveitamento de Água de Chuva na Amazônia, Saneamento e Meio Ambiente (GPAC Amazônia), para esclarecimento dos ribeirinhos futuros usuários, sobre a forma de uso da água de chuva. Com esta ação, espera-se a diminuição da incidência de doenças de veiculação hídrica em tal população. A professora de Educação Ambiental, Maria Ludetana, frisou a importância e o cuidado que se deve ter ao manipular a água. “Falamos tanto sobre o uso do reaproveitamento da água da chuva quanto das doenças que a água contaminada pode causar”.

A dona de casa Maria Madalena Furtado, 62, ficou atenta durante toda a palestra, e garantiu que vai mudar os hábitos depois que chegar em casa. “É muito importante a gente conhecer sobre o funcionamento do reaproveitamento e também de que forma a gente pode prevenir as doenças que uma agua contaminada pode causar. Depois que eu chegar em casa vou fazer tudo que o palestrante orientou”.

Enquanto os equipamentos para o reaproveitamento da água da chuva ainda não são instalados, os ribeirinhos recebem água potável da Prefeitura de Belém. De acordo com o diretor presidente em exercício da Amae, José Roberto Marques, desde o dia 27 de janeiro já foram distribuídos 700 galões de água para as famílias da comunidade ribeirinha do Aurá. “Enquanto as casas não recebem os equipamentos necessários, a distribuição da agua potável é feita. Hoje muitas dúvidas foram sanadas em relação ao reaproveitamento da água, e o projeto está previsto para ser implantado em no máximo três meses”, garantiu o diretor.

Texto: Kezia Carvalho
Foto: Comus PMB
Secretaria Municipal de Saúde (SESMA)